03/04/2021 18h46

As universidades incentivam a transformação da ciência em cientificismo, e isso ocorre porque as pessoas

lá dentro ganham status (mestrado, doutorado, PHD) por aquilo que escrevem ou produzem, então desejam que aquilo que produziram seja usado para explicar ou validar tudo. Os trabalhos de um indivíduo em uma universidade costumam ser validados por seus próprios pares, e isso é mais fácil de conseguir se você seguir pela linha de aumentar cada vez mais o status dessa validação, formando indivíduos intocáveis e blindados a crítica.

No caso, o pensamento transcedental é substituído pelo cientificismo, e isso é um fenômeno mais recente, pois no hospital onde estudo, ainda havia uma igreja que costumava apresentar atividades mais frequentes no passado, os cientistas não chegaram naquela época a esse nível de aparelhamento e autovalidação indiscriminada. Hoje, você nota essa autovalidação até em termos como "consenso científico", apesar de o cerne do método científico se basear no ceticismo, e apesar de os ateus serem céticos em relação a temas transcedentais, a maioria que segue o atual paradigma das universidades não é cética em relação ao cientificismo, ao "consenso científico", que é inclusive um termo contraintuitivo.

Outra prova dessa autovalidação foi esse experimento recente, feito por três estudantes:

https://xibolete.org/estudos-fraudulentos/

Dessa forma, deixam de lado outras formas de conhecimento, já que a metafísica, a ética, a matemática, a lógica, a racionalidade, a praxeologia e outros temas filosóficos não são palpáveis através do método científico. Por isso que vemos popularização de temas como Keynesianismo em faculdades de economia, por exemplo, é uma vertente mais cientificista. Por isso que faculdades de direito acabam adotando o modelo do direito civil e as legislações positivadas em vez do direito consuetudinario e leis negativas, consideram as