Agora bateu uma depressão aqui. Com licença que vou começar meu mimimi;

Minha infância foi sofrível,

sem nenhum tipo de tecnologia em casa, era obrigado a sair pra rua, brincar no sol, correr, ficar cansado, sujando o pé e as roupas. Quando me machucava, não tendo como consultar o Google, jogava terra para estancar hemorragias pequenas.
Sem jogos eletrônicos, tinha que me contentar com futebol de rua, jogo de taco, queimada, esconde esconde, tirar laça com pipa, e outras coisas que precisava mexer o corpo.
Na adolescência, não tinha o Xvideos, precisava ir na quadra da escola ver as meninas jogando basquete ou volei, ou ainda, esperar chegar a revista da Avon em casa, para praticar o onanismo.
Sem o tinder e outros aplicativos de relacionamento, só restava os bailinhos feitos em garagem coberta com lona, para convidar uma menina para dançar e tentar algo. Ou ainda, ficar andando pela rua da pretendida e tentar a sorte com uma conversa despretensiosa.

Era um tempo que o papai não levava pra passear de carro, então fazíamos carrinhos de rolemã.
Tempos difíceis. Nas duas vezes que fui de São Bernardo até Santos de bike, tive que olhar o mapa antes, e fazer o sacrifício de decorar, não tinha o Google maps. Nem telefone público tinha no caminho para caso de emergência.
Nem sei como sobrevivi.