Essa discussão sobre interesse é mais complicada. Veja: nem o Kant, que funda uma moral
sobre a premissa de que a ação ética deve ser movida pelo dever e não pelo interesse, nem pela nossa psicologia empírica, acredita que alguém foi livre, nesses termos, algum dia. O fato é que todos nós agimos por interesses. O que nos interessa no outro? Sua beleza? Sua inteligência? Sua conversa? As possibilidades que nos proporciona? Materiais, espirituais? Ninguém quer alguém desinteressante e nos tornamos interessantes ou não por distintas razões.