Na sua opinião, saúde pública "gratuita" é um dever do estado assim como educação e segurança?


É muito debatido no Brasil se a saúde pública é um dever do estado como educação, segurança pública e nacional. Apesar de a Constituição Brasileira de 88 assegurar o direito a saúde e dever do estado, muitas pessoas questionam a eficiência do sistema atual.

Em países como os EUA, o sistema de saúde é baseado em seguros, então as pessoas devem pagar por planos de saúde para ter assistência básica. O estado americano, por meio do Medicaid, apenas cobre casos de vida ou morte para pessoas de baixa renda, o que passar disso, o cidadão americano terá de arcar com os custos médicos, podendo passar de milhares de dólares. Uma simples ambulância custa, em média, 500 dólares só para ir te buscar.

No Brasil, apesar da existência de um sistema universal público de saúde, muita gente ainda fica desassistida, algumas até falecem antes mesmo de serem atendidas. Parte por culpa do baixo investimento público na área, e outra parte pela forte corrupção que desvia verbas do setor.

Na sua opinião, o modelo atual é eficiente, mas a corrupção e a falta de investimentos é que atrasa todo o sistema ou deveria ser tudo privatizado, porém regulamentado pelo estado para que pessoas tenham acesso a planos privados mais em conta?

Há uma outra alternativa "hibrida" em que alguns países como Canadá, Inglaterra e Suíça usam como parceria entre setor público e privado para oferecer serviços acessíveis e eficientes a população.

Alguns especialistas dizem que o Brasil não fortalecesse o sistema privado de saúde brasileiro, o que sobrecarrega o SUS e o ajuda a tornar ineficiente.
anônimo
anônimo
05/10/2021 14h48

Saúde como pública para todos implica em algumas coisas. Muitos tratamentos neurológicos ou oncológicos custam

mais dinheiro para atender (sem necessariamente ter chance de cura) do que o serviço público investirá em cidades inteiras por anos. Se o serviço público vai cobrir os tratamentos multimilionários, várias pessoas vão passar fome no processo. É justo?

A saúde custeia o Estado em níveis estratosféricos. O motivo pelo qual várias pessoas acham tão difícil serem atendidas é porque, se o estado desse todos os tratamentos a todos que precisam, o Brasil entraria em falência em menos de um mês. Ao mesmo tempo, eu não sou a favor de remover a saúde do rol estatal como os EUA fazem. Serviços de urgência são necessários demais para a população, que não pode ficar desassistida. Contudo, se você levar em conta a atenção básica como preventiva dos custos das urgências (pessoas evitando crises de pressão alta, etc.), o investimento em atenção básica é mais rentável que investir em urgência.

Eu trouxe as informações para serem levantadas. Eu não tenho as respostas. O que eu sei é que muitíssimo dinheiro vai para a saúde, e 85% deste dinheiro vai para serviços que beneficiam uma única pessoa de cada vez, não a coletividade.