Acho que não tem nada a ver.

Primeiro, os descendentes dos africanos não aprenderiam um novo

idioma só para restaurar uma cultura da qual foram segregados há séculos. Além disso, cada nação africana de onde vieram é diferente, e não faz sentido restaurar uma infinidade de idiomas ao criar uma nação. Teriam que escolher um só idioma, um problema grave e que desmereceria as demais etnias.

Segundo, quem, em sã consciência, escolheria viver no local mais pobre por afinidade cultural sabendo que sacrificaria sua qualidade de vida? As pessoas não são idealistas a este ponto. Elas podem não se mover por ingenuidade ou por comodismo, mas não o farão por identidade cultural. No fim, apenas gente que não conseguiu ou não tem instrução o bastante escolheria morar na opção pobre, e o país resultante seria muito ruim de viver, e refém dos vizinhos, incluindo os novos brasis recém-emancipados. Antes de se dividir, algum tipo de tratado seria escrito (pois sempre é) obrigando a prestação de auxílio mútuo, e assim o rico teria que doar para o pobre, algo que só aconteceria no início, mas pararia em breve, relevando o pobre à miséria.

Terceiro, quem iria ficar com o sudeste, o centro financeiro do país: os brancos ou os negros? A colonização brasileira por europeus se deu através do Nordeste, e a população do interior do Nordeste é branca. Em Estados como o Maranhão e a Bahia há vários negros, mas no CE, no RN e na PB eles são muito poucos. Além disso, a importante imigração italiana paulista foi completamente única, e talvez merecesse uma nação própria neste modelo, separada de todas as demais, tanto quanto as imigrações destinadas ao RS também mereciam nações próprias. E MG, onde teve a maior importação negreira, ficaria para os negros?

Isso lembra mais a separação da Índia do Paquistão, que causou a maior migração em massa da história humana, e gerou um nível de miséria também sem precedentes na história.