Tive sim, uma professora de Química gritou comigo, mas eu confesso que estava errada. Na

escola fizeram um projeto da primavera literária, como não podia sair muitos alunos da sala, eu fiquei na aula cortando E.V.A, ela se irritou comigo e todos riram de mim.

No primeiro seminário da Universidade foi bem tenso, porque no ensino médio eu me prendia ao papel, mesmo assim, batia um nervosismo. Na Universidade, eu acabei querendo fazer o mesmo, decorar e lá para frente com um papel. Eu gelei na hora, esqueci de tudo, a voz estava trêmula, a boca seca... no final da apresentação, a professora disse para escolhermos se aquela seria a nossa profissão, se não, vai fazer outra coisa, se direcionou a mim e disse que eu tinha problemas de dicção, mas que a culpa não era minha e sim dos professores que não interviram quando criança.
Foi a primeira e a última vez que chorei na Universidade, porque se eu quisesse ser professora, teria que mudar. Foi aí que comecei a me atrever mais, participar ativamente da aula, entrar em debates.
No outro período, outra disciplina com essa mesma professora, tirei a maior nota do meu grupo, ainda fui elogiada por ela. Não teve preço.