Cultura.
Mulheres são ensinadas desde cedo a dispensar o próprio prazer, a viver em função de

macho e casa, a se guardar para ter valor.
Assistimos desenhos de príncipe e princesas, nossos brinquedos são de brincadeira de casinha, enquanto meninos simplesmente fazem oq querem.
Na adolescência, aprendemos a medir nosso valor pela atenção masculina. Beleza vira uma arma, um poder.
É errado sentir prazer, é difícil ser rotulada como puta. Tem que ser muito mulher para não ligar para esses julgamentos e fazer o que quiser, independente das expectativas sociais.
O sexo gira em torno da satisfação masculina, acaba quando o homem goza. Milhões de mulheres não sabem ter um orgasmo, negam até a morte que se masturbam. É só olhar o tanto de tópico de mulher questionando se sexo é bom mesmo ou dizendo que são completamente desinteressadas.
Aprendemos a ter parceiros fixos, estáveis e ignorar sexo casual. Afinal, mulher que faz casual, é puta e precisa ter valor.
Aprendemos a atrelar sexo a um parceiro. E só quando você viver relações longas vai saber como o sexo em um relacionamento é flutuante, mesmo tendo apreço e consideração por outra pessoa.
Nessa altura, a carga cultural é tão grande, que a maior parte das mulheres ou não trai ou trai e se martiriza. Homens traem o tempo inteiro e a maioria sequer se digna a pensar duas vezes sobre o assunto. Conseguem separar emocional e carnal tranquilamente. Enfim, daria um TCC.