O que eu penso sobre isso? Os padrões de entretenimento mudaram e consequentemente, os temas

de interesse também.

Antigamente, pobre não discutia essas coisas. O máximo de fofoca, ocorria entre as mulheres adultas com a saudosa Juju do Show do Antônio Carlos. As adolescentes liam revistas como Boa Forma com dicas de penteado , dieta e beleza em geral; Capricho e similares com cartazes dos artistas preferidos e testes de amor e personalidade. A gente não se ligava em fofoca de famosos. Novela era coisa das idosas. Os homens adultos não assistiam novela nem os rapazes jovens comentavam sobre assuntos de artistas. Homem discutia na minha frente sobre música, sobre um show, um filme, nunca, mas nunca sobre a vida pessoal do artista.

Assim que comecei a estagiar, aos 16 anos, eu lia Você S/A para compreender o mercado de trabalho. Quando eu ia ao cabeleireiro, eu lia Quem e Caras antigas para passar o tempo e depois, passei a levar minhas folhinhas para estudar para concurso. E ainda fingia que estava dormindo durante o procedimento, para que cabeleireira e clientes não ficassem perguntando da minha vida.

Com o advento da internet, extinção dos periódicos impressos e supressão da rádio, vejo homens noveleiros e interessados em fofocas, idosas acompanhando programas de fofoca na TV, jovens acompanhando influenciadores digitais na internet, população em geral espionando confinamentos televisivos. Acho tudo muito estranho, pois eu não acompanhei esses novos padrões culturais.

Sobre o caráter das Windernunas, não acho nada. Ele que revise os critérios de seleção dele. O namoro serve justamente para verificarmos se há compatibilidade de valores. A pessoa sempre dá sinais de quem ela é. O ser humano é que se deixa enganar por carência, por só olhar a aparência etc. O primeiro erro até entendo como ingenuidade, já a repetição da má escolha, não acredito em dedo podre. Acredito em precipitação, imaturidade e inversão da escala de valores.