Detalhe: ela já disse que sou filho de satanás e blá blá blá blá.

Neste caso, a intolerante foi ela.

Eu entendo que ela foi de boa intenção, querendo o seu bem. O problema é maneira que ela te aborda. Qualquer ser humano após uma ofensa, criará barreiras para ouvir qualquer coisa. Compreendo o seu lado.

O negócio é expôr a ela, que vc se sentiu ofendido ao ter sido chamado de filho de satanás e outras agressões mais. Pergunte como ela se sentiria, se vc falasse as mesmas palavras para ela ou familiar dela. Conduza a vizinha a se colocar no seu lugar. Talvez refletindo, ela se arrependa da falta de civilidade. Caso isso ocorra, perdoe o desequilíbrio emocional dela e vivam em paz.

Eu sou contra esse tipo de abordagem e tenho tentado conversar isso com os emocionados. Precisamos ser humildes e nos colocar no lugar do próximo, inclusive quando achamos que somos os donos da verdade. A humildade e empatia foram ensinados por Jesus. Tantas passagens bonitas ilustram isso. Há um texto, onde Jesus vai a Samaria conversar com uma samaritana adúltera. Ao invés de chegar tacando pedra ou espraguejando, ele chega na paz e amor. Naquela época, judeus (os puros) e samaritanos (os pagãos) não se davam bem, ou seja, era um absurdo um judeu (Jesus) ficar batendo papo com samaritanos (a guria rejeitada coletando água do poço). O que aprendo com isso? Até mesmo quando eu sinto que tenho razão, eu preciso me revestir de humildade e tratar o próximo com amor para poder ser ouvida e assim, cumprir a finalidade de propagação daquilo que considero conveniente.

Vejo no Brasil essa falta de civilidade em tudo, para política, para religião... Há até quem caia no tapa por causa de futebol. As pessoas não sabem dialogar e querem resolver tudo no grito. O caminho não é esse.
Xingando a vizinha, perderá a razão, sendo tão agressivo quanto ela.
A verdade é que o Brasil está repleto de desequilibrados emocionais nos mais diversos temas. 2022, eleição, veremos isso em breve.