20/02/2022 12h40

Se um médico quiser que você morra em vez de se dedicar à sua sobrevivência

ou a cuidados paliativos, ele fará isso com mais facilidade, o que é algo muito mais conveniente para ele, apesar da responsabilidade, que já não seria na realidade tão grande frente à justificação legal.
Suicídio assistido muitas vezes pode envolver pessoas sem boa capacidade de consentimiento. Maioria das pessoas que tentaram se suicidar possuem algum diagnóstico de depressão anterior que se agravou por conta de algum episódio e que pode ser tratado, existem inclusive medicações, sobretudo estabilizadores de humor, como carbamato de lítio, principalmente, que reduzem a probabilidade de uma pessoa se suicidar e aumentam as chances de a pessoa conseguir lidar com a doença, combinado a outras medicações.
Acho que se a eutanásia for legalizada, ela nunca deve ser priorizada, já que existem várias outras formas de controlar quadros psiquiátricos ou de outras naturezas sem a necessidade da eutanásia, podendo inclusive envolver cuidados paliativos, devendo se reservar apenas quando a pessoa é refratária a essas outras formas de tratamento, por conta de o suicídio assistido envolver normalmente menos sofrimento que outras formas de suicídio, mas ainda assim, acho que eu nunca indicaria a eutanásia.