Batizado de "alimento para todos", o composto é produzido a partir de alimentos liofilizados e seria distribuído por meio de parcerias com entidades privadas. O prefeito também se referiu ao composto como "comida de astronauta"; outros chamam de "ração para pobre".
PERGUNTA: E você, como prefere chamar essa iniciativa do prefeito?
Obs: agora saiu a notícia de que a prefeitura recuou e não sabe mais se vai distribuir o composto.
PERGUNTA: E você, como prefere chamar essa iniciativa do prefeito?
Obs: agora saiu a notícia de que a prefeitura recuou e não sabe mais se vai distribuir o composto.

anônimo

anônimo
18/10/2017 13h16
Olha, eu ainda não formei opinião sobre o assunto.
Por tudo o que li creio que,
à princípio, a intenção é boa. Eu sei que a comida é de qualidade e é de mais fácil distribuição.A cidade de São Paulo é uma das maiores do mundo e, como toda grande cidade, tem os seus moradores de rua. E estamos ainda num país de terceiro mundo o que agrava o problema de moradia. Diariamente dezenas de pessoas de todos os cantos do país chegam a cidade de São Paulo, através da rodoviária, sem nem saber para aonde ir. Existe um departamento especial na rodoviária apenas para receber estas pessoas "perdidas". Algumas dizem que possuem parentes na cidade, mas não sabem aonde eles residem; outras dizem que esperam alguma "oportunidade" na grande cidade, sem nem qualquer capital para alugar um quartinho, sequer.
Eu, se estivesse com muita fome, não teria problema algum em comer um ração nutritiva preparada com todos os cuidados, que me fosse fornecida gratuitamente.
No entanto, aos meus olhos, eu percebo que isto tira um pouco da dignidade humana.
Os responsáveis têm que estudar um pouco mais sobre o assunto. Tem de haver algumas outras soluções.
A maior parte das refeições que são dadas a moradores de rua de São Paulo são realizadas por voluntários de igrejas, católicas e evangélicas, ou por grupos de espíritas. Eu sei porque já vi isto. É gente, homens e mulheres, que acorda voluntariamente às quatro horas da manhã para se dirigir ao local de preparação dos alimentos e depois se deslocar ao centro da cidade ou aos locais onde vivem pessoas em mendicância umas 5h, 5:30h, para então lhes distribuir um sopão nutritivo, ou um macarrão com filetes de carne bem temperado, ou pães com algum recheio, nem que seja manteiga. E depois estas pessoas extraordinárias seguem normalmente para o seu trabalho regular.
O que sei é que ninguém merece passar fome neste mundo, por mais filho da puta que seja, por mais erros que tenha cometido na vida.
Que mundo triste. Que mundo cruel.