Alguns.

Eu já matei um carneiro, ajudando o peão da fazenda. O processo pode parecer cruel,

mas é muito mais digno do que gente que mata gente à bel prazer.

Estamos em um grupo grande de pessoas e íamos fazer um churrasco de costela de carneiro. Haviam umas quinze pessoas famintas esperando para almoçar.

O processo foi assim: nós amarramos uma pata traseira do carneiro com uma corda e depois jogamos a corda por sobre uma viga, no teto. O pior é que o carneiro fica parado e olha nos olhos da gente. Ele sabe que vai morrer. Então o peão pega uma marreta e - logo após fazer uma pequena oração - despenca a marreta violentamente na cabeça do carneiro . O carneiro despenca no chão e se treme inteiro. Foi quando ele gritou para mim: - Puxa! Puxa!" E então eu subi rapidamente a corda com o carneiro pendurado. É quando o peão pega e passa rápido uma faca afiada na jugular do carneiro. Então ele novamente me deu a ordem: - "Pega a panela!" E assim eu coletei todo o sangue do carneiro, que jorrava do pescoço dele. Dá quase uma panela de pressão cheia. A morte do animal não dura mais de dez segundos. Com o sangue cozinhamos a carne.

O peão desossou o carneiro e fatiou as carnes. Ele pegou um pouco de carne e o bucho para levar a sua família. A turma comeu bem. Estavam todos bebendo cerveja e bem animados. Todos ficaram satisfeitos. Eu não consegui comer aquela carne. Apenas fiquei olhando, perplexo, com um sorriso amarelo, enquanto todos engoliam a carne do animal. Comi apenas arroz, feijão e verduras.

Mas já matei outros animais para comer: patos, galinhas d´angola, tatu, entre outros.