anônimo
anônimo
17/08/2022 02h05

A neve caía. Entrei, tirei meu casaco, a bota. Ela me esperava com taças de

vinho. Me olhou com aquele olhar devastador, tempestuoso, como na primeira vez. O fogo crepitava na lareira.

Peguei a taça, pus sobre a mesinha e agarrei. Ela usava um vestido de tecido muito fino. A pele dela era macia, quente. Beijei-a boca com tanto desejo que pensei que a machucaria.

Desci ao seu pescoço devagar, sentindo todo aquele cheiro lascivo, delicioso: nuances de rosas damascena e vinho; não me contive, mordi-a.

Minhas mãos percorriam todo o seu corpo como se buscasse dentro dela algo, apertando-a. A respiração dela já ofegante, como num susurro, me implorava pra não parar.