22/10/2022 10h14

Votei em Dilma em 2014, o que me fez mudar de ideia foi o fato

de que nesse período, o PT deixou de representar o peão de fábrica pai de família pobre, e vi que o partido era mais simpatizado por filhinhos de papai, artistas que não precisavam fazer o mínimo de esforço, pessoas que quebravam vidraça e tocavam fogo nas ruas e faziam parecer que eu era uma pessoa errada e cuja voz deveria ser diminuída por ser não-negro e não-mulher, principalmente essa última razão, até porque maioria dos peões de fábrica são não-negros e não-mulheres, e sustentam boa parte da sociedade.
Mas o que mais me convenceu era o fato de eu sempre ter sido uma pessoa muito dedicada em tudo o que eu fazia, e perceber que o sistema que a esquerda tenta trazer é um sistema que não valoriza a dedicação, começando pelo fato de que para eles, representatividade é mais importante que isso, então nem vale a pena eu ser uma pessoa dedicada ou fazer alguma coisa na vida, que isso não será valorizado. E o aparelhamento das universidades foi a principal coisa que me fez enxergar isso.
Assim, eu fui vendo a lógica de coisas como o Estado moderno, muitas pessoas preocupadas com a divisão dos direitos, poucas pessoas preocupadas com a divisão dos deveres, e no final, uma boa parte da população acaba com muito mais facilidade de ser julgada por esse monte de deveres a mais que foram criados para cada direito a mais. As pessoas querem tudo de graça, mas não querem fazer nada, e esse sistema acaba beneficiando muita pessoa acomodada. Não é que eu queira deveres a mais para todos, é que muita pessoa ainda não acordou que esse é um jogo de divisão de deveres, em que existe uma classe cada vez mais interventora e cada vez mais acima do bem e do mal e no final, todos acabam sendo mais culpabilizados e tendo cada vez mais deveres, muito fácil surgir delação e justiçamentos em países como China, Venezuela, Bolívia, etc, e eles não ficaram assim do dia para a noite.