Ano passado perdi meu pai de um jeito muito rápido, desde então TODOS os dias eu lembro dele, alguns dias eu choro, outros lembro de coisas boas... enfim
Eu sou fruto de pais separados, fiquei muito dividido e confuso na separação, só quem vive sabe, tinha épocas que eu vivia brigando com meu pai mas sempre o amei.
Ele era advogado e passava por dificuldades financeiras nos últimos anos, já teve uma boa carreira mas tudo foi desandando.
Minha avó escondeu de todos que ele tinha transtorno bipolar e dava remédio escondido pra ele, acontece que o remédio perdeu efeito e ele teve um surto psicotico, com alucinações, depois que ele recuperou a consciencia, começou a ter problemas de sódio e faleceu.
Ficou 4 meses passando mal e eu revezava com um amigo em vários hospitais que ele passou.
Apesar dos problemas profissionais todos falam bem do meu pai, que sempre foi positivo, tentou me ajudar e me ligava todos os dias. Apesar das brigas eu gostava dele mas ele faleceu cedo, 64 anos
Eu sou fruto de pais separados, fiquei muito dividido e confuso na separação, só quem vive sabe, tinha épocas que eu vivia brigando com meu pai mas sempre o amei.
Ele era advogado e passava por dificuldades financeiras nos últimos anos, já teve uma boa carreira mas tudo foi desandando.
Minha avó escondeu de todos que ele tinha transtorno bipolar e dava remédio escondido pra ele, acontece que o remédio perdeu efeito e ele teve um surto psicotico, com alucinações, depois que ele recuperou a consciencia, começou a ter problemas de sódio e faleceu.
Ficou 4 meses passando mal e eu revezava com um amigo em vários hospitais que ele passou.
Apesar dos problemas profissionais todos falam bem do meu pai, que sempre foi positivo, tentou me ajudar e me ligava todos os dias. Apesar das brigas eu gostava dele mas ele faleceu cedo, 64 anos
anônimo
anônima
10/01/2018 23h35
Moço, me perdoe se minha resposta não for satisfatória.
Mas, o que direi aqui será
de coração. Me solidarizo contigo.
Quando perdemos alguém tão próximo e de forma tão abrupta, nunca aprendemos mesmo a lidar com a perda.
Apenas aprendemos a administrá-la. A morte simplesmente vem e nos pega desprevenidos. Tira mesmo nosso chão.
Te entendo completamente, compreendo sua dor.
Eu também perdi alguém há alguns meses. E no meu caso, foi uma perda realmente inesperada: a pessoa que perdi era muito, mas muito jovem e próxima.
No seu caso em específico, imagino que a partida do seu pai o leve a pensar que sua relação com ele poderia ser diferente, não?
Que os desentendimentos que tiveram poderiam e deveriam ser evitados, enfim bate um certo remorso, um peso na consciência.
Correto?
Talvez seja isso que lhe faça sofrer tanto.
Perdoe-se.
Seu pai com toda a certeza já lhe perdoou. E não faz sentido, ficar remoendo as brigas que tiveram.
Foque apenas nas boas lembranças e em tudo aquilo de bom que ele foi e lhe passou. :)
Chorar é normal e alivia muito a dor. O coração da gente fica em carne viva, ás vezes cria-se uma casquinha, mas a casquinha sai e aí sangra de novo...
Sei bem disso. E quando tenho de chorar, também choro.
Deixo as lágrimas rolarem, isso me deixa leve. Me tranquiliza.
Tem dias que eu estou bem, mas tem dias que penso muito na pessoa que perdi. É normal, afinal ainda está recente.
Estou em fase de adaptação, assim como você.
Faz parte. A vida continua, rapaz. :)
Você deu o seu melhor, cuidou de seu pai.
Esteve ao lado dele e teve a sorte de tê-lo.
Muitos nem o privilégio de ter um pai têm. E você teve um.
Isso é um baita motivo para ser grato. E sorrir, apesar de tudo.
Fique bem! :)
