Acho que você esteja amargurada ou talvez sinta receio de ter relacionamentos profundos ou com

outra pessoa em sua privacidade. Acho muito estranho que pessoas pensem de verdade nesse fator como algo secundário sem estarem se enganando em algum ponto por conta da promessa terem muito mais liberdade e muito menos interferência da vida dos outros através disso, mas acabam com isso optando por relações mais superficiais e em número, sem ter algum porto seguro e alguma referência para crescer seu patrimônio, que não impediriam que fossem vivenciadas experiências de liberdade e cuja interferência seria totalmente voluntária. Entendo que pessoas possam interferir na privacidade, mas não é algo que incomoda tanto quando é uma pessoa importante e de confiança, como um marido ou esposa, sobretudo por serem interferências voluntárias. Acho que o provérbio "antes só do que mal acompanhado" continua valendo, mas ele é usado para evitar a condição pior, que é a de estar mal acompanhado, e não para desprezar a valorização de boas oportunidades de companhia, e os objetivos ficam muito mais direcionados quando se tem uma pessoa do lado como referência.
A minha escolha pessoal é a de me casar sem ter filhos, não entendo o motivo de eu achar importante deixar descendentes, não acho que esteja afetando alguma pessoa, mesmo que eu tenha alguns filhos, ainda assim, vários não iriam nascer, e nenhum deles compartilhou alguma experiência de apego com esse universo, nem vejo necessidade para que haja esse apego vindo de pessoas que não existem, provavelmente, ele teria muitas decepções em relação a outras oportunidades que ele pudesse ter, que são possíveis, além de não ver muito sentido em trazer outra pessoa para a minha vida íntima se eu já teria uma esposa e ela já fosse tudo aquilo que eu preciso nesse ponto. Além disso, a minha perspectiva real mesmo é a de não me casar e não ter filhos.