Procede essa realidade para muitas mulheres?

''Cara deve ser absurdamente frustrante para as mulheres esse processo de "perda" do poder sexual.
Uma coisa é você nunca ter algo na vida, não tem como sentir falta de algo que você nunca teve... Outra completamente diferente é você deixar de ter algo.

Imagina, você chega ali nos seus 15 anos e começa a receber atenção masculina. Ano após ano essa atenção só vai aumentando!

Homens de oferecerem favores, pagam as coisas por você, te dão atenção, o mundo parece estar inteiro aos seus pés... Você sai para uma festa com as amigas e a única coisa que precisa fazer é ficar dançando e recusando um por um os homens que vem te abordar, até ser abordada por um que atenda os seus requisitos, dai basta retribuir a investida dele.

A sua vida sexual parece até uma praça de alimentação de shopping, de tantas opções que você tem disponíveis.

Dai quando você pisca os olhos chegou nos 25 anos, então começa a perceber que essa atenção masculina não continua crescendo, chegou em um limite e por ali se estacionou. Mas você acaba nem se preocupando tanto, pois por mais que ela não esteja crescendo como antigamente, continua bastante alta.

E ai vem o choque de realidade, quando você chega nos 30 anos e a atenção começa a cair... A vida começa a te tirar ano após ano todo aquele privilegio que você tanto desfrutou e nunca nem deu valor, muito pelo contrario, quando mais nova fazia era reclamar da atenção masculina em demasia.

Dai sabe o que vem? Depressão... Ansiedade... E inúmeros outros problemas psicológicos! Começa a precisar ir mais ao psicólogo/psiquiatra do que ao ginecologista, e também começa a tomar remédios tarja preta como quem chupa balinhas tic-tac.

Lembra daquela praça de alimentação cheia de opções? Virou uma barraquinha de cachorro quente na esquina de algum subúrbio... Você passa a precisar aceitar o resto do resto, pois todos os homens que prestavam de alguma forma, já tem uma parceira.''
anônimo
anônimo
21/12/2022 15h12

Mesmo não sendo mulher, existem alguns pontos que gostaria de comentar:
"Não tem como sentir falta

de algo que você nunca teve" - Acho que não precisamos ter tido uma coisa antes para necessariamente sentir falta da mesma. Imagine que você tirou carta e ainda não comprou o seu carro, mas você sabe da facilidade que ele poderia te oferecer e da independência para se locomover, logo sente falta de ter um carro para si. Acho que sentir falta tem mais a ver com o valor que enxergamos em tal coisa para considerá-la necessária ou faltante para nós, e não com uma experiência prévia.
Achei interessante como você descreveu o histórico interesse sexual do qual as mulheres são alvo. Só que esse interesse não muda necessariamente só em quantidade mas em natureza: as pessoas amadurecem a manifestação desse desejo e começam a associar mais coisas junto (como por exemplo o sonho de constituir família ou de querer apenas algo casual por conta de traumas e medo de compromisso).
O desvalor que a mulher dá no início de sua jornada como ser desejado se dá pela não compreensão do mesmo, já que não o sente em igual intensidade que os homens. Depois que amadurecem esse conceito dentro de si e aceitam a natureza do outro, elas começam a ser mais compreensivas e também mudam a maneira como enxergam as manifestações de desejo masculinas, porque agora passa a ser uma coisa positiva, algo que agrega valor a elas, que as valida de alguma forma. Por isso existem muitas mulheres que reclamam que os parceiros não as procuram mais na cama, que não são românticos, que não se preocupam ou se importam com elas, que não são notadas, etc.
Como os relacionamentos humanos estão decaindo ultimamente, principalmente depois da pandemia, o recurso de procurar ajuda profissional tem aumentado significativamente em ambos os sexos, já não está relacionado mais a idade, de se ter 30 ou mais, já tem muita jovenzinha sofrendo de ataques de ansiedade e depressão por aí.
E fico por aqui.