Sou economista. Primeiro aprenda a diferenciar previdência (aposentadoria e pensões) de assistência (prevenção médica, cuidado
hospitalar). Previdência não é despesa do orçamento como o governo mente. É um fundo que deveria ser constituído pelas contribuições do trabalhador e de seu empregador. Estes recursos deveriam ser aplicados em investimentos rentáveis durante seu período de atividade para que na velhice vc possa descansar e se divertir um pouco aproveitando a vida. Existe um cálculo chamado de atuarial que determina quanto será necessário retirar da folha de pagamento e durante quanto tempo laboral para que se possa pagar uma renda durante um determinado período médio do seu final de vida. Todos os governos que tivemos bagunçaram esta conta, primeiro misturando previdência com assistência e depois retirando recursos deste sistema através das chamadas DRUs para atender outras despesas eleitorais e corrupção. Por isto se registraram deficits que aumentam mais ainda com as distorções salariais, categorias que não contribuem e elevação da expectativa de vida. Resumindo governo diz que prolongar seu periodo de trabalho, reduzir a renda das aposentadorias e aumentar a contribuição vai resolver o problema. NÃO VAI. Os futuros governos vão continuar desviando recursos da previdência, a assistência médica fica cada dia mais sofisticada e mais cara e a expectativa de vida aumenta a cada década. Portanto a reforma da previdência é necessária sim, mas não este remendo que o governo propõe. Mas uma verdadeira reforma que recomponha os fundos previdenciários, audite seus investimentos e evite que o sistema pague despesas outras dos governos irresponsáveis. Se vc pensa que isto é um sonho, já existe e funciona muito bem no Brasil. O fundo previdenciário dos funcionários do Banco do Brasil PREVI existe a um século, é superavitário e paga as aposentadorias rigorosamente em dia sem um centavo de recursos públicos, mas com uma excelente carteira de investimentos lucrativos.