Cabelo de bombril, cabelo ruim, esponjaço, cabelo de fogo, churrasquinho do capeta. Só alguns apelidos
que me colocavam. Chorava todos os dias quando era criança.Sofria por ser branca do cabelo crespo, a sarará. Só fui conhecer outra garota como eu após a fase adulta, uma youtuber baiana chamada Rose Hapuque, a qual me inspirou a fazer transição capilar.
Hj tenho orgulho de carregar minha ancestralidade nos cabelos. Fico feliz que as meninas das próximas gerações recebam um mundo menos hostil nesse sentido.
Mas o preconceito e os padrões engessados de beleza ainda existem, a minha luta é quebra-los todos os dias.