Muito se discute hoje no Brasil sobre o modelo tributário arcaico e complexo adotado no país e a necessidade urgente de uma reforma. Defendido tanto por setores mais a esquerda quanto pela direita, dos mais intervencionistas aos mais liberais, é um fato que nosso sistema tributário é um dos piores do mundo e precisa de uma repaginada, caso contrário, fica difícil para o país crescer economicamente.
Entretanto, em um ponto os setores da direita e da esquerda discordam, sobre a alíquota incidente sobre esse novo imposto que irá simplificar os demais impostos existentes.
Enquanto uma ala mais liberal defende que temos a oportunidade de reduzir a maquina estatal reduzindo a carga tributária da população, tornando o Brasil mais competitivo no mercado interno e externo, uma outra ala mais a esquerda defende que os impostos devam ser elevados para sustentar a maquina pública existente e até um aumento da mesma, mesmo que signifique talvez sacrificar alguns setores da economia.
Vale lembrar que a carga tributária brasileira é desenhada de forma regressiva, punindo as classes mais baixas. Mesmo uma reforma que simplifique os tributos, ainda assim pagaríamos um dos maiores impostos sobre o consumo do mundo, estimasse algo em torno de 25%. Também vale ressaltar que vários países desenvolvidos ainda pagariam menos do que a gente como Austrália e Japão.
De uma forma geral, você defende que taxemos tudo e a todos a fim de subsidiar algumas dezenas de programas sociais assistencialistas, dos mais grandes aos mais pequenos. Ou você prefere que o estado cumpra seu papel mínimo, e reduza ao máximo a carga tributária sobre a população?
O estado não é uma empresa, uma loja, um comércio, que você paga por um
produto ou serviço. Você paga imposto para não ir parar na cadeia.Os estatólatras tiveram muito êxito mesmo em incutir, nos dois ou três últimos séculos, na cabeça das pessoas essa suposta vocação comercial do estado.
