Na verdade o bolsonarismo assim como o redpill são ambos sintomas de algo mais profundo,

que é a ascenção da extrema-direita no mundo. Isso remota do pós-queda do muro de berlim.

Perceba que sempre há essa alternância de valores predominantes entre as gerações. Veja os EUA. O bom mocismo e o politicamente correto dos anos 50(turma patriota voltando pra casa após fim da segunda guerra) foi substituído pelo paz e amor dos hippies, criticas ao exercito e à guerra do Vietnã e lutas dos negros pelo fim da segregação nos anos 60. No auge da Guerra fria nos anos 80, o patriotismo voltou com força total. Lembram de Rocky x Ivan Drago? Hollywood e a política do Reaganomics contribuiu muito para ressuscitar o espírito do sonho americano.

No Brasil dos anos 80, jovens, artistas e intelectuais lutaram pelo fim da ditadura e a favor de pautas progressistasv(reforma agraria, voto direto, MTST). Nos anos 90 militares estavam sem moral, crente era tudo careta, a maioria dos cristãos eram católicos. Pule 20 anos e o que temos? Bancada evangélica, exaltação de milicos e a volta da conversa liberal de privatizações. O que explica um zé ninguém, deputado vagabundo há 30 anos ser visto e tratado como símbolo de algo novo?

O modus operandi do fascismo é sempre esse. Criam um inimigo imaginário e espantalhos para justificar os problemas do país e apresentar solução, geralmente com revisionismo histórico e uma idolatria a mitos, ops, heróis e um passado que nunca existiu. .

Vamos mais longe. A alta cúpula nazista era composta por um bando de artistas fracassado. Hitler era pintor, Goebbels escritor. Von Schirach, era poeta. Alfred Rosenberg, era pintor e romancista. De fato Hitler despirocou mesmo assistindo a uma peça de Wagner, Rienzi. Usaram muito da estética visual, os discursos e passeatas nazi eram extremamente teatrais, o uniforme da SS era lindo. Os filmes Triunfo de uma Nação e Olympia usaram cinema como propaganda.

Enfim, é por isso que é facil frustrado cair no conto.