Não é. Inclusive eu acho o seu caminho o melhor (caso a pessoa tenha pais

que lhe ajudem).

Vou falar um pouco da minha área (pois não tenho muitas condições de falar das outras). Na área jurídica depois que a pessoa se forma e partindo da premissa de que vai passar de primeira na OAB, a opção mais imediata de conseguir trabalho é entrando em um escritório de advocacia. Contudo, pelo menos aqui em São Luís (e sei que essa realidade se repete em muitos outros lugares. São Paulo e Florianópolis devem ser algumas exceções), dificilmente os escritório pagam mais de R$ 3.000,00 por mês e não dão muitas perspectivas de crescimento profissional. Isso pra pessoa passar o dia todo no escritório (ou seja, a pessoa não vai ter muitas condições de formar sua própria clientela).

Eu acho uma estratégia melhor a pessoa não trabalhar e estudar pra concursos profissionalmente. Sei que tem gente que passa rápido (normalmente os que fizeram uma excelente faculdade), mas isso é exceção. A regra é a pessoa passar no concurso e tomar posse com uma idade parecida com a sua.

A minhas história não difere muito da sua não. Eu me formei aos 22 e passei na OAB aos 23. Fiquei até 2017 advogando, mas ganhando uma mixaria e estudando pra concursos. Aos 26 anos passei pra analista do MPU, sendo chamado aos 30 onde tenho um salário que não é alto, mas pelo menos me levou pra classe média (continuo estudando pra concursos melhores).

Caso a pessoa tenha uma família que possa lhe dar um sustendo após formado, eu acho melhor ela estudar pra concuros públicos de forma integral do que entrar em um emprego muito ruim e não ter nem boas perspectivas de crescimento no emprego e nem ter muito tempo pra estudar pra concursos.

Se eu pudesse voltar no tempo eu não teria advogado pra ganhar a mixaria que eu ganhei. Eu teria apenas estudado pra concursos de manhã, de tarde e de noite