Eu sempre sonhei em ser mãe, sempre sonhei com a maternidade e cuidar de bebês. Não ironicamente, trabalho como babá e sou estudante de pedagogia; e o amor que muitas pessoas diziam que se esfriaria ao ficar “frente” a essa realidade, só aumentou.
Mas sei também que nem todas pensam como eu e respeito muito, muito mesmo. Mas gostaria de saber um pouquinho da(s) razão, se puderem e se sentirem confortável em compartilhar.
Mas sei também que nem todas pensam como eu e respeito muito, muito mesmo. Mas gostaria de saber um pouquinho da(s) razão, se puderem e se sentirem confortável em compartilhar.

anônima
11/07/2023 20h00
Isso é algo díficil de responder. AMO CRIANÇAS, trato todas com muito carinho, inclusive faço
trabalhos em lares e abrigos. Mas eu tenho um filho que não mora comigo. Nunca tinha pensado em ser mãe, porém, acabei engravidando muito jovem. Na época, morei com o pai do meu filho na casa dos pais dele. Quando eu terminei o relacionamento, deixei meu filho na época com 4 meses nos cuidados deles, pois ele é e sempre foi muito bem tratado. Estuda no melhor colégio da cidade, tem um excelente plano de saúde, e é muito amado por toda família paterna. É um menino lindo e muito inteligente, um amor de criança.Mas, nunca consegui sentir o que dizem ser tão belo da maternidade. Eu odiei estar grávida, odeiei meu corpo, amamentar era uma tortura (meu leite secou em menos de 1 mês), e eu não gostava de cuidar dele. Eu lembro o pânico que sentia a cada madrugada quando ele chorava, sentia nojo de fralda de cocô. Foi terrível, era basicamente uma criança cuidando de outra. Minha ex sogra que cuidava dele, e cuidou sempre muito bem, pois ela amou ele desde o primeiro momento e eu não era uma boa mãe. Eu era muito imatura e irresponsável.
Hoje tenho pouco contato com ele, e também não forço nada, afinal, eu sou só uma parente distante dele.
Eu vejo como se meu filho fosse para eles mesmo, tem os olhos do avô, sorriso da avó...
Ele já está com 8 anos. Desejo que ele tenha uma vida plena e de muito sucesso. Oro todos os dias por ele. Mas até hoje sou muito julgada, e entendo que é com razão. Eu ajudo tantas crianças, sou tão presente na vida dos meus quatro afilhados, e meu próprio filho sou distante. Eu já tentei ser mais presente, mas é díficil, não me dou bem com o pai dele, existe muita mágoa.
E desde que tive ele eu me previno para não ocorrer outra gravidez.