Suíça. Outono de 1777. As folhas caem levemente sobre o jardim, como o seu último

sinal de protesto contra o árduo inverno que em breve chegará. Aos poucos o estalar do fogo chama a atenção, e lá estava ela. Sim, ela, ela que é temida por muitos e amada por poucos, com quem tive vários desencontros durante todos esses míseros anos, imagino que dessa vez seja diferente pois ela traz consigo um sorriso sobrenatural quase que mágico, enfeitiçado pelo mistério entro em transe, e assim, vou até ela sem pestanejar. Quando o relógio sinalizou a hora marcada com seu som fúnebre fui admiravelmente beijado até o meu último suspiro brotar, e agora me encontro em seus braços sem calor algum. Como deixei ela me pegar depois de todos esses anos em fuga? Como pude não protestar como as árvores? Como pude ser seduzido e reduzido a cinzas como uma simples madeira?