06/08/2023 23h56

Vamos analisar essa questão no rigor da lógica...
A questão epistêmica colocada pelo mal é se

o mundo contém estados de coisas indesejáveis que fornecem a base para um argumento o que torna desarrazoado acreditar na existência de Deus.

O que se tem aqui, no entanto, não é apenas um quebra-cabeça, já que a questão pode, é claro, ser reformulado como argumento para a inexistência de Deus. Assim, se, por simplicidade, nos concentramos em uma concepção de Deus como todo-poderoso, onisciente e perfeitamente bom, uma maneira muito concisa de formulação de tal argumento é o seguinte:

Se Deus existe, então Deus é onipotente, onisciente e moralmente perfeito.
Se Deus é onipotente, então Deus tem o poder de eliminar todo o mal.
Se Deus é onisciente, então Deus sabe quando o mal existe.
Se Deus é moralmente perfeito, então Deus tem o desejo de eliminar todo o mal.
O mal existe.
Se o mal existe e Deus existe, então ou Deus não tem o poder para eliminar todo o mal, ou não sabe quando o mal existe, ou não tem o desejo de eliminar todo o mal.
Portanto, Deus não existe....