Sempre questionei. Quando era criança e não tinha conhecimento algum entendia tácitamente que pessoas poligâmicas

eram - E SÃO - fracassadas como ser humano. A observação prática nos colegas dos meus pais que não tinham relacionamento estável, duradouro e monogâmico tinha sempre a mesma conclusão: pessoas de 35+ de idade que viviam vidas desregradas e tinha como entendimento "sucesso" algo como sair para balada todo sábado ou ter uma boa carreira (demonstrando uma patética e triste submissão ao capitalismo - a entrega de corpo e alma para o patrão); e caso grave, meu tio, na época com 40, sem filhos, com tudo que o hedonismo pôde oferecer no currículo: abriu mão de uma vida estável para praticamente virar um gado de político. Na visão dele, aquilo era felicidade, o que comprovou muito incorreto depois que ele passou dos 45 e sabe... pensou que corda era gravata.

Hoje, coisa de 17 anos depois, eu tenho um grande e complexo entendimento social sobre isso. Os casos que narrei foram apenas observações infantis. O que permanece é meu apego incondicional à monogamia.