O foda é que isso só acontece com mulher. Por mais que se diga que

é nojento o homem que já transou com várias, isso é mais socialmente aceito que a mulher ter tido vários. É como se o valor dela estivesse condicionado ao fato dela manter as pernas fechadas, como se o valor dela fosse meramente sexual; se ela não vale "nada" sexualmente, então nem merece ser chamada de mulher ou ser respeitada enquanto ser humano. Basta ver como tratam prostitutas.
Claro que tem toda uma questão envolvendo a sacralidade do sexo, do corpo, a própria profilaxia e a propensão a doenças e a gravidezes não planejadas, porém, pautar o valor de uma mulher apenas por esse aspecto chega a ser cruel.
Outra coisa horrível que advém desse tipo de pensamento é quando uma mulher decide que não quer mais uma vida promíscua, porém, sempre fica marcada por isso. Talvez seja mais aceito uma mulher ter matado do que ter vários parceiros. É quase como se dissessem: "é rodada, tem que continuar sendo, não aceitamos que você mude seu estilo de vida".
Mas enfim, respeito sua opinião e compreendo que existem explicações bio-psico-sociológicas para tal, entendo a visão masculina, mas também entendo que existe uma objetificação absurda quanto ao corpo da mulher e sua liberdade de viver livre, sem dever satisfações.