Embora ninguém deteste políticos ou o estamento burocrático mais do que eu, não sou favorável

à pena de morte. Pouco importa que seja aprovada uma lei que estabeleça a pena de morte ou a prisão perpétua, se a aplicação da lei depende da interpretação de juízes que integram o próprio estamento burocrático, cujos incentivos sempre se orientam para os interesses da classe política.

Em um sistema jurídico que solapa o tempo inteiro as liberdades individuais, essa arma seria utilizada unicamente contra a população.

É melhor que haja prisão perpétua, mantida integralmente por meio do trabalho forçado da população carcerária, já que: (1) trabalhar não é algo indigno, afinal a pobreza é a condição natural do homem e, portanto, o trabalho é a necessidade natural do homem; (2) a população civil nada tem a ver com o crime supostamente praticado por qualquer indivíduo, e obrigar qualquer pessoa a custear o que quer que seja para outra(s) é extorsão.

Assim, pelo menos a pessoa tem a vida toda para tentar provar sua inocência.