Manjo bem pouco de direito civil, mas acredito que a pensão socioafetiva se deve ao

fato do código civil equiparar em deveres, o vínculo socioafetivo com o vínculo biológico. Logo o padastro tem os mesmos deveres que o pai, que inclui alimentar o filho em consonância com a CF.

Por que existe? Vou fugir do argumento politicamente correto. Acredito que aquele que equiparou o pai biológico com padastro queria promover alguma "justiça social" e evitar que crianças fossem criadas só com o auxílio financeiro da mãe. Mães solteiras é um problema social grave no Brasil, e uma forma de evitar que o problema seja agravado é obrigar aqueles que se relacionam com elas, i.e., mães solteiras, tenham o mesmo dever legal que o pai biológico, assim preenchendo a lacuna deixada por este.

O problema não considerado pelo legislador é justamente a aversão por relacionamentos com mães solteiras que isso geraria um dia. Obviamente décadas após décadas homens tiveram que pagar pensão de filho que não era biológico, seja por falta de instrução legal, seja porque a cultura do Brasil sempre foi de ser pacífico e inerte. Mas hoje, com a informação descentralizada, existe um movimento de jovens que rejeitam mães solteiras por diversos argumentos. E o argumento primordial é justamente a tal da pensão socioafetiva. Quem quer ter seu salário drenado para um filho que nem é seu?