Bocage. Bukowski. Porra, uma porrada. A literatura sempre foi terra fértil dos putanheiros.
Sobre boceta:
Sete
bons homens de fino saberCriaram a xoxota, como pode se ver:
Chegando na frente, veio um açougueiro
Com faca afiada deu talho certeiro.
Um bom marceneiro, com dedicação
Fez furo no centro com malho e formão.
Em terceiro o alfaiate, capaz e moderno
Forrou com veludo o lado interno.
Um bom caçador, chegando na hora
Forrou com raposa, a parte de fora.
Em quinto chegou, sagaz pescador
Esfregando um peixe, deu-lhe o odor.
Em sexto, o bom padre da igreja daqui.
Benzeu-a dizendo: “É só pra xixi!”
Por fim o marujo, zarolho e perneta
Chupou-a, fodeu-a e chamou-a…
Buceta!
Sobre pau:
[SONETO DO MEMBRO MONSTRUOSO]
Esse disforme, e rígido porraz
Do semblante me faz perder a cor
E assombrado d'espanto, e de terror
Dar mais de cinco passos para trás
A espada do membrudo Ferrabrás
De certo não metia mais horror:
Esse membro é capaz até de pôr
A amotinada Europa toda em paz.
Creio que nas fodais recreações
Não te hão de a rija máquina sofrer
Os mais corridos, sórdidos cações:
De Vênus não desfrutas o prazer:
Que esse monstro, que alojas nos calções,
É porra de mostrar, não de foder.