03/05/2024 01h14

Embora a mídia caracterize qualquer movimento minimamente à direita como "extrema direita", na realidade, é

um termo subjetivo que pode ser interpretado diferente dependendo da cultura de cada país. A começar que o que compreendemos por "direita", não é igual e padrão no mundo todo, assim como a esquerda.

A esquerda europeia, por exemplo, se diferencia em um nível com a esquerda norte americana, que por sua vez se difere da esquerda latino americana. Esquerda e direita não são iguais no mundo todo, embora possam apresentar algumas semelhanças. Não é como se existisse uma cartilha universal das direitas e esquerdas no mundo. Na maioria das vezes é só bravata.

Talvez você esteja citando a extrema direita europeia, que tende a ser do tipo nacionalista ao extremo, neste caso, eles querem preservar a cultura deles sem a influência das religiões que eles consideram "hostis", como o islã.

No Brasil, não existe um nacionalismo assim, a direita aqui é muito mais tranquila nessas questões. Geralmente a direita brasileira é mais focada em direitos civis e liberdade econômica, algo que, na esquerda europeia, é muito mais presente.

Já acompanhei muitos grupos de direita e nunca vi o pessoal perdendo muito tempo falando de islã e coisas afins, normalmente, não passa de uma frase solta aqui e acola. Geralmente, a direita bate mais na tecla dos direitos civis mesmo, como ser contra o aborto, a favor da família tradicional, a favor da liberdade de expressão, porte de amas, economia livre, e coisas assim. No máximo, aqueles que são mais extremistas, tentam partir para o lado obscuro da coisa, mas é algo raro, não representa nem 10% da direita.

Mas não se engane, a extrema esquerda também comete atrocidades, defendem ditaduras, passam pano para massacres quando é para protestar em favor de algo que eles acreditam, são gentis com ditadores, e alguns até defendem a morte de pessoas que são contra eles. Então, radicais de um lado ou de outro sempre vai ser ruim.