As feministas e os redpills/mgtows são frequentemente incoerentes, e muitas vezes simplesmente servem ao propósito

de odiar o sexo oposto a qualquer custo. Apesar disso, muitas vezes tanto as feministas querem ser independentes do homem quanto os redpills/mgtows não querem bancar uma mulher, então acabam caminhando de mãos dadas.

Para mim, depende. Se ser feminista for fazer do próprio corpo um manifesto contra o "patriarcado", rejeitando o padrão estético socialmente designado para a mulher e abraçando coisas como suvaco peludo, não se perfumar, usar corte de cabelo tomboy como um ato de revolução política, sim, é claro que broxa e desanima. As outras espécies de feminismo, menos revoltosas e mais conciliatórias, eu considero ainda problemáticas, porque parte de uma premissa em que não acredito: a de que existe uma opressão sistemática, institucionalizada, enraizada culturalmente, do sexo masculino sobre o feminino, e que a solução passa por cada mulher e homem se conscientizar e, assim, transformar o mundo.

Eu não acredito em transformar o mundo. Não acho que seja possível ou mesmo desejável. Penso que os problemas particulares devem ser solucionados em instâncias particulares, e não transformados em discussão pública, em problemas políticos ou sociais, porque toda decisão vertical é burra, se impõe ignorando as circunstâncias particulares de cada pessoa, de cada casal, de cada família. Chegamos ao ponto em que a mera manifestação de um pensamento divergente é considerada intolerância, quando, na verdade, são as massas que não toleram as particularidades de cada um.

Então, no geral, é desanimador, sim, e eu prefiro uma mulher que seja ignorante ou alheia a essas questões, que pense com a própria cabeça, ainda que isso signifique concordar com algumas pautas ou não ter opinião formada sobre política. É melhor do que qualquer uma que compra a opinião de um partido ou movimento político como um pacote.