Em primeira análise, faremos uma viagem ao redor do mundo a fim de saber se a pena de morte contribui para redução da criminalidade:
Na Indonésia, por exemplo, que condena à morte qualquer um que pratica o tráfico de drogas, a agência anti-drogas do país, só entre 2012 e 2014 o consumo aumentou 25%, para 4,5 milhões de usuários de drogas ilegais, o que mostra que a pena de morte não serve de agente intimidador como acredita o senso comum. Na verdade, quando a gente passa a investigar as causas da criminalidade, é possível constatar que o problema tem mais a ver com as raízes do que com os princípios - incrivelmente essa frase é de Maquiavel -, que morreu há séculos e essa expressão nos ajuda a entender os impasses que permeiam na sociedade contemporânea.
Outrossim, os Estados Unidos, conhecido por aplicar a pena capital em muitos estados, bem como por ter um Código de Ética "amedrontador".
Todavia, no ano passado, o FBI contabilizou um total de 1.197.704 infrações penais cometidas com violência, o que representou um aumento de 3,9% face a 2014.
Ademais, de acordo com dados do PNAD, mais de 60% dos presos são negros, dessas a maioria cresceram em berços de família pobres e desestruturadas, aliado à baixa escolaridade.
Em síntese, baseado em pesquisas, dados empíricos, é possível dizer que com toda certeza que a pena de morte não contribuiria com a redução da criminalidade, essa não é a minha opinião, pois baseia-se em uma análise objetiva, e não subjetiva.
Ok, dito o impasse, agora vamos apontar as medidas que poderiam resolver esse problema:
A princípio, deve-se quebrar o ciclo vicioso da desigualdade social, isso não é fácil, é preciso que vários setores públicos engajados, aliado à iniciativa privada combata esse mal, promovendo a igualdade de oportunidades e condições, a fim de que todos tenham as mesmas chances de vencer. Obviamente, todos têm chance de vencer, porém não é bem difícil para alguns, pois basta ver o perfil dos egressos da USP, ITA, IME, etc