Não entendo como importante o gênero, é o embate do narrador apaixonado( a paixão aqui como liberdade perdida, natureza e pureza, percebo nos versos, p. ex., "Como é perversa a juventude do meu coração/ que só entende o que é cruel/ o que é paixão" e "No corcovado, quem abre os braços, sou eu/ Copacabana, esta semana, o mar, sou eu") e crítico à sociedade materialista e industrializada( p. ex., nos versos "e no escritório em que eu trabalho e fico rico/ quanto mais eu multiplico/ mais diminui o meu amor" e "No apartamento, no oitavo andar/ abro a vidraça e grito/ grito qdo o carro passa/ teu infinito sou eu, sou eu, sou eu).
Elementos como "sob a luz de mercúrio, teu olhar", "as paralelas dos pneus são duas estradas nuas" , o ser amado no rápido carro, deixando para trás o amor, são as construções poéticas desse narrador evidenciando o mundo moderno impedindo o amor de ser vivido:
"Dentro do carro, sob o trevo,/ a 110 por hora, ó meu amor/ só tens agora, os carinhos, do mundo".
Bom, não sei se concorda, penso agora que eu deveria ter analisado transcrevendo a letra e não ouvindo o clip, mas penso que é isso. :)))