anônima
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26/08/2018 10h50
Nunca se acomode, dizem todos os que trabalham com motivação, performance, metas. Nossa cultura valoriza a persistência e condena com veemência a acomodação. Parece haver uma falha moral muito séria em quem não tem vontade de sair de onde está.
Este pensamento pode levar à sensação angustiante de que nunca é suficiente, de estar sempre em débito consigo, de sempre haver um lugar por chegar.
E se a pessoa estiver satisfeita com o ponto em que chegou? E se ela for feliz ali? E se desejar direcionar sua energia para outras áreas de sua vida? Será que a acomodação ainda seria ruim?
Essas perguntas não têm respostas prontas. Para alguns, ela parece a vontade deliberada de não alterar as situações, de permanecer indefinidamente numa certa zona de conforto. Outros, no entanto, podem entender a estabilidade como um ponto alcançado após a busca por muitas metas e resultados.
O importante é estar feliz com a situação. Analisar se o posicionamento traz sofrimento, prejuízos ou bem estar ajuda na percepção do que se está vivendo. Escolher mudar a trilha, porém, é outra história.
O fato é que pessoas têm diferentes motivações. Os questionamentos podem contribuir para analisar parâmetros, auxiliar nos próximos passos. Pode evitar frustrações pela não realização de metas irreais ou esforço desnecessário para buscar objetivos que não são sequer desejados realmente, mas apenas fruto da ideia de que é preciso ir além.
Luiza (Belém/PA) e Leila (Brasilia/DF)