Bem, eu fui o outro lado da moeda de um relato "parecido" com o da
@AnaQuinins: eu no segundo período da faculdade e ela já doutora em psicologia, dava aulas numa universidade pública pra gente da minha idade (daí dá pra especular a diferença de idade). Na minha visão, eu acho ótimo. Geralmente mulher mais velha tem mais a ensinar do que aprender, e para mim esta foi uma das maiores vantagens: aprendi bastante. Ela não tinha muita frescura e a objetividade era algo muito bom. Sem indiretas, cu doce, fingimento... Havia muita cumplicidade e companheirismo.
Mas há alguns contras: muitas vezes eu não podia acompanhá-la em algumas saídas por motivos financeiros, então ela se dispunha a pagar. Eu não gosto de ficar devendo, então tinha de recusar. As amigas dela, por serem beeem mais velhas, não estavam nem aí para discrição, então não era raro eu ouvir que ela era papa-anjo, ou que estava comigo porque eu transava bem (sim, ainda tinha de ouvir isso). É um saco ter que lidar com fofocas alheias sendo que eu mesmo sou discreto.
Embora houvesse essa diferença de idade, falávamos a mesma língua a maior parte do tempo. Já morava sozinho desde os 13, então não havia esse impedimento de pai e mãe enchendo o saco. Conversávamos bastante e o não morria a conversa depois de responder "o que você fez hoje?", até porque não gostávamos de papo furado. Ajudava sermos de áreas completamente opostas, o que contribuía pra conversas mais produtivas sobre o que um ou o outro sabia.