Eu tinha um amigo do colégio, na infância (uns doze anos), que uma vez fraturou uma das pernas gravemente. Ele precisou ficar uns seis meses engessado, e depois passou a andar com um tipo de suporte na perna, por baixo da calça e com uma muleta. Nós da turma ficamos felizes com o seu retorno ao colégio, um tempo depois do acidente. Ele vinha caminhando, se arrastando. Um dos amigos comentou, entre a gente:
- "Ele parece um Largato." Assim mesmo, falou errado. Mas já era, pegou. O próprio apelidado não se incomodava quando o chamávamos assim.
Cada vez que ele vinha, alguém dizia: - "Lá vem o Largato." Na época, toda vez eu morria de rir que nem um besta com este apelido.
A propósito, o Vinícius de Moraes tem uma crônica apenas sobre isso, chamada
Apelidos, no seu livro de crônicas
Para uma Menina com uma Flor:
http://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/prosa/apelidos