Bem, eu havia tido alguns problemas em um emprego anterior, saí com uma crise de estafa. Tinha muita dificuldade em retornar ao trabalho, algumas crises de ansiedade me faziam sentir que não era capaz de retomar a minha vida profissional, mas para quem é pobre as contas batem na porta e não tem como fugir por muito tempo. Estou a oito anos no meu atual emprego, o desafio parecia grande, trabalhar apenas com homens, organizar um escritório e convencer meu chefe a fazer corretamente os fechamentos, usava demais a frase: " se você não sabe o quanto gasta, não sabe quanto ganha". Foi um primeiro ano bem difícil, tinha que desviar do assédio e ao mesmo tempo mostrar competência pra ganhar o respeito geral, nunca contei pra ninguém mas foi muito duro desviar das cantadas principalmente do meu chefe, mantenho isso em segredo, ele julgava que eu seria mais uma a abrir as pernas e usufruir por um tempo do dinheiro que pudesse ganhar dele. Hoje sei que se arrepende pelo comportamento inicial, além de ter mudado completamente as ações. Caramba, que resposta longa, to chegando lá, um ano de trabalho se aproximava e meu aniversário também, quando criança tive dois aniversários e depois nunca mais, não era adepta a comemorações e não ligava pra data, mas aquele ano me fizeram ver o momento de outra forma, fui surpreendida por um bolo surpresa, me enganaram direitinho e me levaram pra cozinha com pretexto de uma reunião, chorei ao ver aquele bando de homens cantando parabéns, lindo demais. Pela primeira vez em muito tempo me sentia reconhecida e querida, entendi que estava no caminho certo profissionalmente. Claro que tive outros momentos em outras circunstâncias, mas esse tá fazendo sete anos e então vale a lembrança.
Quando passei para o curso técnico.
Eu fiquei mais feliz do q o dia q eu passei no vestibular,kkkkk.
Pq eu queria tanto o curso,passei na 3°tentativa e havia mts pessoas ao meu redor me colocando para baixo.Sem contar q o técnico foi uma mudança na minha vida,fiz muitas amizades por lá e deixei de ser tão tímida. Melhor fase...
Minha mãe ficou doente quando eu estava no último ano do ensino médio, e eu meio que tive que assumir, por um tempo, todas as responsabilidades que eram dela em casa. Virei gente grande na marra.