anônima
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11/03/2019 10h56
Achávamos que a aula já tinha voltado, mas não, e por isso, nos viram mão com mão. Soltamos a prova visível que havíamos nos beijado, beijo este interrompido pela preocupação da aula. Mas soltamos tarde, as mãos. Haviam nos visto como, algo que nós mesmos não nos víamos, um casal.
O que para os outros foi um inicio, algo que começara ali, e iria para o futuro, nós, um casal, para nós, entretanto, era algo que já vinhamos fazendo em segredo.
Queriam saber se estávamos nos conhecendo. Como? A gente se conhece desde o segundo semestre. Jurava que era a partir do terceiro semestre. Havia até uma narrativa, do dia que (não) nos conhecemos no terceiro semestre.
Neste dia em que (não) nos conhecemos, nem dia realmente era, estava de noite e chovia, sempre chove. Compartilhávamos histórias de amores não realizados, todos temos, e com o tempo ficam engraçadas.
Veja bem, essa narrativa de como nos (não)conhecemos no terceiro semestre é mais interessante que a narrativa de aulas compartilhadas, e palavras não trocadas.