anônima
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20/03/2019 23h03
Sinto que fui uma criança rejeitada, abandonada e incompreendida (e fui mesmo).
Na adolescência, uma garota solitária e medrosa.
Maior parte do tempo tudo o que eu tinha era a poesia e a música.
A única coisa que me fazia se sentir bem era desenhar.
Muitas vezes, tudo o que desejei foi não ter nascido.
Mas com o tempo eu fui encarando o mundo, as pessoas, a vida se tornou um desafio que tenho que vencer a qualquer custo.
Ninguém acredita em mim, mas eu acredito em mim mesma e meus sonhos eu mantenho em segredo até o momento que não se realizam.
Mas eu estou fazendo aquilo de novo, é um ciclo vicioso.
Eu não me sinto amada, não consigo me amar e no final das contas, eu não amo ninguém. Faz sentido que uma criança que não tenha sido amada por seus criadores não seja amada por mais ninguém, eu não pertenço...
NÃO PERTENÇO...
A lugar algum. E agora perto dos meus 18, nenhuma decisão tomada parece ter sentido.