Tudo que dê a ideia de propósito, destino é fascinante para mulheres. Mulheres são mais emotivas, logo a ideia de forças mágicas tem um apelo bem maior a elas. Lembrando sempre que somos animais racionais, buscamos padrões em tudo. Astrologia, assim como a astronomia, surgiu da necessidade de encontrar padrões que ajudassem a prever altas dos rios, colheitas, secas. Dos caldeus da babilônia vemos a evolução da relação de astros com fenômenos naturais à ação humana, como atribuir ao eclipse presságio de guerra, entre outras catástrofes.
Logo, é perfeitamente compreensivo a necessidade da busca desses padrões, mesmo nos dias de hoje. Há guerra, desgraças, traições, solidão. Astrologia, assim como espiritualidade, oferece uma sensação de segurança e felicidade. É reconfortante a ideia de sucesso profissional, promoção, um novo amor chegando.
Então por que homens acreditam menos nisso que mulheres? Homens são mais céticos, mulheres tem uma tendencia maior a acreditar no supernatural e no que não pode ser provado. Em um mundo historicamente dominado por homens, incluindo o protagonismo em mitos e religiões (olha a condição quase como de objeto da mulher no oriente médio), é natural mulheres aceitarem a ideia de forças maiores por trás disso. Em suma, mulheres tem maior facilidade em acreditar que não tem tanto controle sobre a própria vida.
Há inclusive estudos sobre isso. O termo lócus de controle, define o quanto pessoas tem poder sobre a sua vida. Quem tem locus interno se sente mais no controle. Mulheres tendem a se encaixar no tipo externo:
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/08870449708407402
E partindo desse ponto, até conversei com uma amiga sobre isso, podemos entender por que horóscopo é algo colocado em revistas e programas femininos: atrai interesse e audiência, além de reforçar o esteriótipo e costume de consumir. Basicamente, meninas crescem com horóscopo por perto, meninos com futebol e carros.