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anônimo
anônimo
392  01/08/2019 16h57

Eu recitaria este aqui, do poeta russo Aleksandr Púchkin, do século XVIII, com tradução de Nelson Ascher:

Amei-te – e pode ainda ser que parte
do amor esteja viva na minha alma.
Mas isto, pois em nada hei de magoar-te,
não deve mais tirar a tua calma.

Sem esperança e mudo em meu quebranto,
morto de ciúme e timidez também,
eu te amei tão sincero e terno quanto
permita Deus que te ame um outro alguém.

entre na sua conta para poder responder.
eles perguntam
2 9
elas respondem
anônima
anônima
01/08/2019 10h55
anônima
anônima
01/08/2019 16h57
Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós, nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair
Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir
eles respondem
01/08/2019 10h43
Rua
Espada nua
Boia no céu imensa e amarela
Tão redonda a Lua
Como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento
Um trovador, cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer, Luiza
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado
Um aprendiz do teu amor
Acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração

Vem cá, Luiza
Me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza
Dá-me tua boca
E a rosa louca
Vem me dar um beijo
E um raio de Sol
Nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luiza
Luiza
anônimo
anônimo
01/08/2019 11h07
O Teu Riso
Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas
não me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a flor de espiga que desfias,
a água que de súbito
jorra na tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
por vezes com os olhos
cansados de terem visto
a terra que não muda,
mas quando o teu riso entra
sobe ao céu à minha procura
e abre-me todas
as portas da vida.

Meu amor, na hora
mais obscura desfia
o teu riso, e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso será para as minhas mãos
como uma espada fresca.

Perto do mar no outono,
o teu riso deve erguer
a sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero o teu riso como
a flor que eu esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.

Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
curvas da ilha,
ri-te deste rapaz
desajeitado que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando os meus passos se forem,
quando os meus passos voltarem,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas o teu riso nunca
porque sem ele morreria.

Pablo Neruda, in "Poemas de Amor de Pablo Neruda
01/08/2019 11h09
Eu cantaria uma música.
anônimo
anônimo
01/08/2019 11h27
Mamãe querida
Meu coração por ti bate
como caroço de abacate!

Mamãe querida
Meu coração por ti bate
como dentes de alicate

Mamãe querida
Meu coração por ti bate
como sino de chocolate

Mamãe querida
Meu coração por ti bate
como panos de engraxate

Mamãe querida
Já me deixou derretida...

Aplausos por favor...
anônimo
anônimo
01/08/2019 10h42
Eu sei que tive contigo uma filha
E isso nos liga, faz-nos um corpo só.
Eu vou continuar acompanhando-te
Mesmo que na cama
já não sou eu quem esquenta seu colchão.

Aos domingos iremos à missa.
Mostrando a todos que ainda
somos um.
Vou pagar a pensão,
Quero ver-te bem,
mesmo que na cama
já chamastes pelo Digão.

By Dig14
anônimo
anônimo
01/08/2019 10h39
Teria que ver um que me lembra se delA
anônimo
anônimo
01/08/2019 10h41
Eu cantaria a música que fiz/faria para ela.
anônimo
anônimo
01/08/2019 11h11
anônimo
anônimo
01/08/2019 16h36
No alto daquele cume
Plantei uma roseira
O vento no cume bate
A rosa no cume cheira
Quando vem a chuva fina
Salpicos no cume caem
Formigas no cume entram
Abelhas do cume me saem
Quando cai a chuva grossa
A água do cume desce
O barro do cume escorre
O mato no cume cresce
Então quando cessa a chuva
No cume volta a alegria
Pois torna a brilhar de novo
O sol que no cume ardia
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