Rebelo Gonçalves registou clítoris. Foi esta a grafia que se generalizou em Portugal (ex.: José Pedro Machado, Texto Editora, Porto Editora). A própria Academia das Ciências de Lisboa também registou clítoris no seu Vocabulário de 1940. Contudo, o «Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa», da Academia Brasileira de Letras, de 1998, regista clítoris para pedra clitóride e clitóris efectivamente/efetivamente para a excrescência. O brasileiro Dicionário Aurélio também regista (e só) clitóris para a excrescência. Em resumo, em Portugal a grafia clitóris tem sido considerada uma variante brasileira. Mas o «Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa», da Academia das Ciências de Lisboa, acabado de publicar pela editora Verbo, regista a dupla grafia clítoris e clitóris com a mesma acepção. Isto significa que, do ponto de vista expresso neste dicionário, e para quem o considerar como `padrão´ (que a obra declaradamente pretende ser…), a excrescência na grafia brasileira é agora válida em Portugal (mas uma das variantes portuguesas não o é no Brasil…)