anônimo
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16/08/2019 17h30
Crescer num ambiente totalmente hostil acaba com o psicológico da gente, sofri muito com as loucuras do meu pai, até hoje não é fácil. Batia muito na minha mãe, chegou a bater nela na minha frente, já nos deixou passar fome várias vezes quando eu era criança, sempre valorizou as pessoas de fora e cagava pra família, quando eu tinha uns 8 anos ele pegou TODOS os meus brinquedos e simplesmente deu pra um menino lá da rua, esses brinquedos não era nem ele quem me dava, ele sempre cagou pra mim, aquela mentalidade de que botar comida na mesa já é fazer demais sabe? Ele ia trabalhar em outra cidade ou outros estados e simplesmente esquecia que tinha família e sabendo que dependíamos totalmente dele. Uma coisa que me machuca muito até hoje e que é algo que ficou marcado é o fato de estarmos passando fome, ele ligava pra gente dizendo ter depositado e quando a gente chegava no banco NÃO TINHA NADA! Ele fazia a gente sair de casa e dar viagem perdida. Nessa época eu tinha uns 13 anos e ele voltou pra casa, voltou com calcinha da amante na mala, com cartinha de "amor" e com um DVD de fotos da cidade que ele não deixava a gente chegar perto, uma vez de madrugada eu peguei esse DVD e fui olhar as fotos e no meio delas tinha fotos dele beijando a amante, da amante na cama de cinta-liga, deles em restaurantes e em festas felizes, felicidade que me custou um ano de fome e traumas que carrego até hoje. Em casa ele continuava a mesma coisa, o que tinha melhorado é que agora ele já não bebia mais, mas a agressividade e estupides continuavam as mesmas, e os anos foram se passando a base de muito grito, muito chilique desnecessário e muitas agressões, só não bate na coitada da minha mãe hoje em dia porque ela se cala quando ele começa com as frescuras dele, e o que me deixa mais chocado nisso tudo é que eu olho pra minha mãe que é uma esposa de ouro e vejo amor da parte dela pra um homem que ela vive há quase 30 anos, 30 anos de muito sofrimento e que simplesmente ele caga pra ela.