eles respondem
Que o povo sempre aceitou que isso aí bastava...
Por isso a gente está nessa merda que está hoje!
Sinceramente?
Prefiro pagode
Uma ode à beleza dessa terra e sua cultura.
No contexto da transição dos anos 50/60, o Brasil seria o país do futuro, a cultura ufanizava e carmemmirandizava nosso horizonte próximo
E depois vieram os lusos,
os negros, os castelhanos,
E nos pagos campechanos,
novas normas, novos usos...
As violências e os abusos
da Ibéria, Castela e Lácio
Que rasgaram o prefácio
e mataram as plegárias
E as ânsias comunitárias
dos irmãos de Santo Inácio
Não pude deter a vaga
de Andonega e Barbacena...
Se a História não os condena,
a mancha nunca se apaga!
A opressão jamais indaga
na sua ambição mesquinha,
Era meu tudo o que tinha,
era meu tudo o que havia,
E eu morri porque dizia
que aquela terra era minha...
Mas o eterno não morre,
Porque permaneço vivo...
No lampejo primitivo
de cada fato que ocorre
O meu sangue rubro corre
Na velha raça gaudéria,
Corcoveando em cada artéria
Pela miscigenação
Na bárbara transfusão
com os andarengos da Ibéria...
Fui sempre aquilo que sou,
Sou sempre aquilo que fui,
Porque a vida não dilui
o que a mãe terra gerou...
Sou o brasedo que ficou
e aceso permaneceu,
Sou o gaúcho que cresceu
junto aos fortins de combate
E já estava tomando mate
Quando a pátria amanheceu!!!
E assim, crescendo ao relento,
criado longe do pai,
Junto ao mar doce - o Uruguai -
o rio do meu nascimento,
Soldado sem regimento
no quartel da imensidade...
Um dia me meu vontade,
Deixei crescer toda a crina
E me amasiei com uma china
Que chamei de Liberdade!
Por mais de trezentos anos
fui pastor e sentinela
Na linha verde e amarela,
peleando com castelhanos,
Gravando com "los hermanos"
a epopéia do fronteiro!
Poeta, cantor e guerreiro
da América que nascia
Na bendita teimosia
de continuar brasileiro!!!!
Esse pessoal da bossa nova vivia em um Brasil paralelo ao meu
Marginália 2
Gilberto Gil e Torquato Neto
Eu, brasileiro, confesso
Minha culpa, meu pecado
Meu sonho desesperado
Meu bem guardado segredo
Minha aflição
Eu, brasileiro, confesso
Minha culpa, meu degredo
Pão seco de cada dia
Tropical melancolia
Negra solidão
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui, o Terceiro Mundo
Pede a bênção e vai dormir
Entre cascatas, palmeiras
Araçás e bananeiras
Ao canto da juriti
Aqui, meu pânico e glória
Aqui, meu laço e cadeia
Conheço bem minha história
Começa na lua cheia
E termina antes do fim
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Minha terra tem palmeiras
Onde sopra o vento forte
Da fome, do medo e muito
Principalmente da morte
Olelê, lalá
A bomba explode lá fora
E agora, o que vou temer?
Oh, yes, nós temos banana
Até pra dar e vender
Olelê, lalá
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Preguiça de ler, vou dormir..
Brasil é uma ditadura filha de Portugal, sempre foi