anônimo
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07/10/2019 21h15
Na primeira vez que comecei a gostar de uma garota comecei a enxergar as coisas de uma forma diferenciada e fazia muitas esquisitices. Do nada olhava para uma árvore ou para o mato e achava aquilo bonito, escrevia o nome da garota criptografado em TUDO (espelho, janela do ônibus, árvore, praia, sola do pé, caderno, na cadeira da sala de aula, com feijões ou milho, usando uma mangueira, com palitos de fósforos, com dominós, em tudo que era empoeirada como as hélices do ventilador Arno e em todos os aplicativos do Office ) que podia, as estrelas e a lua que eu nunca dava importância eram um gatilho que lembrava aquela pessoa e ficava sorrindo do nada, também achava o ato de respirar incrível. Hoje tudo voltou à sua normalidade.