anônimo
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29/01/2020 01h37
Nunca mais vi outra mulher da mesma forma que eu via, e ainda vejo ela, mas nunca consegui tirar os olhinhos, a boca, os traços delicados dela de meu pensamento, já virou um mal que se alastrou por mim.
Não consigo me despertar dessa ilusão, essa lembrança queima o meu coração feito uma brasa ardente, não sou de rocha para aguentar isso, sou de carne e osso.
E para meu tormento maior, não sei por onde ela anda, nem com quem anda, se Deus me ouvisse em algum momento, eu só queria que ela voltasse, e só a morte poderia nos separar, mas caso contrário, prefiro a morte do que continuar assim.
Me deito pensando nela, e o maldito sono não vem, só consigo dormir depois que o Sol já apareceu.
E quando vem o entardecer, olho para trás, meus olhos lacrimejam, e fico olhando para trás, me apegando no passado e meditando em cima dessa mágoa.
Me resta algo sem ser aceitar esse martírio de aflição que estou destinado?