Essa é uma ótima pergunta.
Recentemente tenho feito um paralelo com as decisões
dos tribunais de encarcerar mulheres trans em cadeias
femininas, o dano comprova-se no caso delas serem expos-
tas à violência masculina em números brutos e estatísti-
cos, no caso de nós mulheres sofrermos violência ou cons-
trangimento ao coabitarmos com elas, o número é insigni-
ficante e dificilmente relacionado ao fato de serem trans.
Tirando o potencial de violência como fator na equação,
resta-nos o constrangimento: de mulheres cis e crianças
em banheiros femininos com trans, de trans em banheiros
masculinos e de homens com trans em banheiros masculinos.
A saída de um banheiro de terceiro gênero obrigatório não
resolve o constrangimento trans e não é possível juridicamente:
como comprovar que alguém seja trans sem uma abordagem?
E seria através do que, revista para comprovação física, apresenta-
ção de carteira retirando o recém-conquistado direito do nome so-
cial e registro de escolha de gênero? Absurdo.
Creio que exista lógica no temor feminino, mas ele não se com-
prova significante: serem as trans mais fortes, ainda que sob efeito
hormonal, podendo ser mais agressivas, é uma justificativa biolo-
gista demais e que empalidece diante dos fatos.
No momento sou favorável a que dividamos os banheiros com elas.
votei em Sou a favor