Já fui amante, de duas mulheres casadas e com filhos, em épocas diferentes.
Não me arrependo, mas hoje, não faria.
O risco para ambos é muito grande.
Com uma foi um ano, viajando uma ou duas vezes por mês, ao interior de São Paulo, quase 400 kms, passava dois dias, e voltava.
Com outra, foram quatro meses, viajando até o Paraná.
Ia de avião até Maringá, e de lá, mais duas horas de ônibus, até uma cidade bem pequena, no interior paranaense.
As histórias de ambas eram parecidas: casadas há mais de 10 anos, só cuidando da casa, dos filhos e do marido, o sexo já não existia, ou quando acontecia, era bem rápido, o cara gozava e ia dormir. O amor já não existia, eram carentes de afeto, carinho, atenção e sexo.
A realidade delas mudou, mesmo que por pouco tempo, quando me conheceram.
Mas isso é outra história...
Hoje, passados muitos anos, não faria novamente.
Oportunidades eu tive, mas preferi não correr mais riscos.
Já fui amante por tantas vezes que perdi as contas e foi ótimo porque nunca deu nada errado, apesar das diversas possibilidades disso acontecer. É clichê dizer isso, mas eu realmente sentia como afrodisíaco o fato daquilo tudo ser "proibido". Era sensacional, tinha apenas o lado bom da relação com a mulher, que é o carinho, o bom humor e o sexo. As outras coisas ficavam para os maridos que tinham que resolver seus problemas conjugais.
Não vou ser hipócrita e dizer que me arrependo, pois eu realmente curti demais na época, mas eu jamais voltarei a fazer esse tipo de coisa. Hoje tenho uma outra visão sobre a instituição familiar e tenho um senso de responsabilidade que me impedem de cair em tentação novamente.