Pelo contrário. A primeira medida que eu tomaria, se chegasse ao poder, algum dia, seria estatizar todos os bancos, todo o sistema de saúde e todas as instituições de ensino.
É claro.
Ao ambiente de mercado é impossível a fuga das leis econômicas. Não se pode incorrer em sucessivos déficits sem que vá à falência, não se pode estabelecer próprios valores de salários (mais altos) e custos (mais baixos) à revelia do mercado, não se pode restringir ou proibir a concorrência, entre outros exemplos.
Uma estatal não está inserida e não responde à lógica de mercado. Primeiro, sua existência depende necessariamente de restrições à concorrência privada, pois, do contrário não haveria sentido para criar e manter a estatal.
Segundo, seus déficits não precisam ser absorvidos pelos donos, pois não há donos. Ao invés disso, os prejuízos são socializados. E mesmo que essa situação se arraste por um longo período, não há risco de falência.
Em suma, o cálculo econômico não é possível em um setor estritamente dominado pelo estado e é distorcido em menor ou maior grau em um setor cartelizado ou com atuação ativa do estado.
Os incentivos em um sistema de livre mercado estão postos de tal maneira que possibilitam o constante ajuste dos preços, que refletem a situação corrente dos recursos e informam toda a rede de consumidores e produtores a respeito dos reais custos dos bens produzidos.
A consequência disso é que empresas privadas respondem adequadamente ao problema da escassez, as estatais não.
Existe ainda muita coisa que explica a ineficiência econômica de empresas estatais, isso aqui foi o que eu consegui colocar de maneira resumida. Além disso, existem outros vários problemas de ordem social e ética que daria pra escrever uns 2 textões destes, mas me detive aos de ordem econômica.